Abstract:
A leucoplasia é definida pela Organização mundial de Saúde (OMS) como uma mancha ou
placa branca que não pode ser caracterizada clínica ou patologicamente como qualquer outra
doença. O diagnóstico diferencial está relacionado à exclusão de outras entidades que surgem
como placas brancas. Por ser considerada uma lesão pré-maligna, os pacientes devem ser
orientados quanto à importância da remoção dos fatores de risco e a necessidade de
acompanhamento constante. A etiologia é considerada incerta, porém o seu desenvolvimento
está relacionado, principalmente, ao hábito de fumar. Geralmente afeta pessoas com idade
acima de 40 anos, sendo que sua prevalência aumenta rapidamente com a idade,
especialmente para homens acima dos 70 anos. Aproximadamente 70% das lesões orais são
encontradas no vermelhidão dos lábios superiores, mucosas e gengiva. O objetivo do presente
trabalho foi o de relatar um caso clínico do paciente M.A., gênero masculino, 71 anos de
idade, branco, tabagista há mais de 33 anos, residente na cidade de Sinop-MT, encaminhado
ao serviço da Faculdade Fasipe pelo programa de câncer bucal, que apresentou lesão branca
assintomática, localizada em mucosa jugal, porção retromolar, fundo de vestíbulo e invadindo
o sulco gengival. Apresentou como características clínicas, uma mancha branca extensa não
removível por raspagem. Sendo seu diagnóstico firmado no exame histopatológico, e tendo
como resultado hiperqueratose com acantose e displasia celular discreta nos cortes
examinados. Concluiu-se que é recomendado maior atenção por parte dos cirurgiões dentistas
aos diagnósticos das lesões orais potencialmente malignas, pois seu diagnóstico se faz
importante para intervenção no cessar da lesão, devendo o tratamento ser o mais precoce
possível. Por apresentar uma alta taxa de recidiva, faz-se necessário um acompanhamento de
longa duração e recomenda-se avaliação clínica a cada 06 meses.