O uso dos cimentos biocerâmicos na obturação dos canais radiculares

Abstract

O objetivo desse estudo foi realizar pesquisa bibliográfica sobre as vantagens e desvantagens de um novo tipo de material endodôntico, os cimentos biocerâmicos (CB), na obturação dos canais radiculares. O sucesso do tratamento endodôntico depende de um conjunto de condutas, que são: diagnóstico correto, acesso coronário, preparo químico-mecânico, obturação dos canais radiculares, e, por fim, a restauração coronária. Dentre essas, a obturação dos canais radiculares tem como objetivo eliminar espaços vazios e selar de maneira tridimensional o sistema de canais radiculares, evitando a possibilidade de proliferação de microrganismos nos mesmos. O cimento endodôntico, junto à guta-percha, faz parte da obturação dos canais radiculares na maioria das técnicas empregadas atualmente. Sua função principal é trazer união entre os cones de guta-percha, e entre eles e a superfície dentinária. Ainda, promover o preenchimento de espaços de difícil acesso tais como: reentrâncias, istmos, canais laterais, acessórios e etc. Assim, o cimento adequado fará a diferença na qualidade do tratamento endodôntico. Os cimentos endodônticos necessitam de propriedades especiais que potencializem sua capacidade seladora no momento da obturação. Atualmente existe uma grande variedade de tipos de cimentos com composições diferentes, dentre eles, os CB. Esse cimento ainda é pouco conhecido e utilizado em técnicas obturadoras, além disso, poucas indústrias brasileiras disponibilizam esta qualidade de cimento. Recentes estudos comparativos mostram que, apesar desse material apresentar a desvantagem de ser dificilmente removido do interior dos canais quando há necessidade de retratamento, ele possui diversas características importantes, tais como: leve expansão de presa, hidrofilia, potencial antimicrobiano, pH alcalino, entre outras. Esta revisão bibliográfica teve como fontes para pesquisa, livros de endodontia e artigos científicos com relevância ao tema, selecionados no Google Scholar, Scielo e periódicos específicos.