Atuação da enfermagem no pré-natal de mulheres privadas de liberdade

Abstract

O presente estudo teve como objetivo geral tratar das dinâmicas da enfermagem na realização do pré-natal em mulheres privadas de liberdade. Para tanto, a pesquisa foi feita por meio de revisão de literatura, realizada por intermédio do uso de livros e arquivos disponíveis em meios eletrônicos, tais como: artigos científicos e documentos relacionados com a área da enfermagem e a tecnologia voltada para o pré-natal de mulheres em cárcere privado. Destaca-se que não se trata da repetição do que já foi escrito sobre o assunto, mas a análise de um tema sob novo enfoque ou abordagem, possibilitando, desta forma, chegar a conclusões inovadoras. Assim, foi necessário tratar do pré-natal e maternidade, o primeiro como um processo essencial na gestação de todas as mulheres, e o segundo como acontecimento complexo que envolvem questões sociais, psicológicas, emocionais e morais. No segundo momento, foi verificado os avanços das Políticas Públicas voltadas às mulheres gestantes em cárcere privado, no qual foram trazidos pela implantação de normas como Lei 9.263/1996. Já no terceiro momento, foi possível expor as dificuldades encontradas pelos enfermeiros dentro dos presídios na assistência de mulheres gestantes, sendo evidenciado estruturas precárias com um contexto caótico que compromete a assistência de enfermagem no pré-natal e acentua os riscos no qual estão expostos as futuras mães e seus bebês; por fim, foram elencados as estratégias de atuação dos enfermeiros, sendo possível verificar que se requer a adoção de postura responsável, por parte do enfermeiro, devendo o mesmo implementar todas as práticas determinadas pela Organização Mundial da Saúde, intransigivelmente, como são feitas com qualquer outra gestante, fora ou dentro do cárcere, despida de preconceitos. Mas, para além disso, é necessário que o enfermeiro se coloque em uma posição ativa frente a essa situação, com o objetivo de superar algumas barreiras e promover saúde de maneira universal à essas detentas. Assim, o problema de pesquisa foi devidamente respondido e o presente trabalho alcançou o objetivo proposto. No entanto, é importante o desenvolvimento de novas pesquisas complementares, para novos horizontes que possibilitem aprofundar os conhecimentos sobre o tema, já que alguns estudos indicam que a população carcerária, especialmente as gestantes, precisam lidar com inúmeros desafios que limitam o desenvolver da gestação com dignidade.