Abstract:
A técnica de implante zigomático é uma alternativa cirúrgica que possibilita a reabilitação de
pacientes com extensa atrofia óssea na região maxilar, permitindo a fixação de próteses totais
implanto-suportadas. Essa técnica exige que os profissionais tenham um profundo
entendimento anatômico da área afetada. O objetivo deste trabalho é compreender as principais
complicações pós-cirúrgicas em pacientes que realizaram implantes zigomáticos, bem como
descrever o papel do cirurgião-dentista no cuidado direto ao paciente. A metodologia
empregada consistiu em um estudo de revisão bibliográfica, utilizando artigos científicos em
língua inglesa e portuguesa indexados em bases de dados como Scientific Eletronic Library
Online (Scielo) e National Center for Biotechnology Information – National Library of
Medicine (PUBMED) publicados entre 2010 e 2024. Os artigos foram avaliados e selecionados
seguindo critérios de inclusão e exclusão correlacionados a temática proposta, desta forma,
artigos contendo o foco principal em tratamentos com implantes zigomáticos, bem como suas
respectivas complicações, foram considerados aptos para o estudo totalizando 144 artigos.
Conclui-se que os implantes zigomáticos se apresentam como alternativas de grande valor para
a reabilitação óssea do maxilar atrófico, tornando-o especialmente relevante para pacientes que
enfrentaram insucessos em enxertos ósseos ou implantes convencionais, bem como para casos
com extensas deficiências ósseas, devido à notável ancoragem que essa abordagem
proporciona. Embora sejam eficientes, podem gerar complicações em pacientes tais como periimplantite, sinusite severa e perfurações do seio maxilar, condições associadas a hábitos
deletérios, doenças preexistentes e erros iatrogênicos.